quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Microscópios e Telescópios

Microscópios e Telescópios.
   Nesse post vamos falar sobre o funcionamento de microscópios e telescópios e como estes aparelhos evoluíram desde sua invenção. 

    Desde a invenção do microscópio por volta de 1590, houve uma ampliação dos conhecimentos de biologia básica, pesquisa biomédica, diagnósticos médicos e ciência dos materiais. Os microscópios de luz podem ampliar objetos em até 1000 vezes e revelar detalhes mínimos. A tecnologia da microscopia de luz evoluiu muito desde os microscópios de Robert Hooke e Antoni van Leeuwenhoek. 


  • Principais partes e diferenças;
    Um microscópio de luz funciona de maneira muito parecida com um telescópio de refração, mas com algumas diferenças nos espelhos. Recapitulemos brevemente como um telescópio funciona.
    Um telescópio deve capturar muita luz de um objeto fosco e distante. Por este motivo, ele precisa de uma grande lente objetiva para captar o máximo de luz possível trazendo-a para um foco brilhante. Como a objetiva é grande, a imagem do objeto forma-se um pouco mais longe. Por essa razão, os telescópios são muito maiores do que os microscópios. A ocular do telescópio amplia a imagem quando a traz para o alcance da visão do observador.
    Ao contrário de um telescópio, o microscópio capta luz de uma área minúscula, de um espécime fino, bem iluminado e que está próximo. Por isso o microscópio não precisa de uma grande objetiva. Essa lente em um microscópio é pequena e esférica, o que significa que a distância focal é muito menor em cada lado. Assim a imagem do objeto é focalizada a uma curta distância e dentro do tubo do microscópio. Essa imagem é ampliada por uma segunda lente, chamada lente ocular ou, simplesmente, ocular, que a traz para o seu campo de visão.
    Outra diferença importante entre um telescópio e um microscópio é que este último tem uma fonte de luz e um condensador. O condensador é um sistema de lentes que focaliza a luz da fonte em um lugar minúsculo e brilhante do espécime, na mesma área que está sendo examinada pela objetiva.
    Além disso, ao contrário do telescópio que tem uma objetiva fixa e oculares permutáveis, os microscópios geralmente têm lentes objetivas intercambiáveis e oculares fixas. Pela troca das objetivas (desde as objetivas de baixa ampliação e relativamente planas, até as de grande ampliação e arredondadas), um microscópio é capaz de trazer áreas cada vez menores para o campo de visão, uma vez que a captação da luz não é a tarefa principal da objetiva do microscópio como no caso do telescópio.
Mais adiante nesse artigo veremos as partes de um microscópio.
Faça um microscópio simples
Usando uma lente de aumento e uma folha de papel pode-se fazer um microscópio simples.
  1. Consiga duas lentes de aumento e uma folha de papel impressa.
  2. Segure uma das lentes de aumento a uma curta distância acima do papel. A imagem do que está impresso parecerá um pouco maior.
  3. Coloque a segunda lente de aumento entre seus olhos e a primeira lente de aumento.
  4. Mova a segunda lente para cima e para baixo, até que o impresso fique focalizado com nitidez. O resultado é que o impresso parecerá maior do que quando visto pela primeira lente de aumento.
Pode-se também fazer um microscópio simples com o furo de um alfinete, que funciona como uma câmera sem lentes

  • Qualidade da imagem;
    Ao se olhar para um espécime usando um microscópio, a qualidade da imagem é avaliada pelas seguintes características: brilho, foco, resolução e contraste. 

Brilho - qual a intensidade de luz ou obscuridade da imagem? A luminosidade está relacionada ao sistema de iluminação e pode ser alterada mudando-se a voltagem da lâmpada (reostato) e ajustando-se o condensador e as aberturas do diafragma ou do furo feito com a agulha. A luminosidade está também relacionada à abertura numérica da objetiva (quanto maior a abertura, mais brilho terá a imagem). Á esquerda, imagem de grão de pólen sob boa luminosidade, e à direita, sob fraca luminosidade:

Foco - a imagem está borrada ou bem definida? O foco está relacionado com a distância focal e pode ser controlado com os botões de focalização. A espessura do vidro no slide do espécime pode também afetar uma boa visualização da imagem - pode ser muito espessa para a objetiva. A espessura correta da lâmina do vidro de cobertura está escrita na lateral da objetiva. Imagem de um grão de pólen no foco (esquerda) e fora de foco (direita):


Resolução - qual a distância mínima entre dois pontos na imagem a partir da qual eles passam a ser vistos como um único ponto? A resolução está relacionada à abertura numérica da objetiva (quanto maior for a abertura numérica, melhor será a resolução) e ao comprimento da onda da luz que passa através das lentes (quanto mais curto o comprimento de onda, melhor a resolução). Imagem de um grão de pólen com boa resolução (esquerda) e com baixa resolução (direita)


Contraste - qual a diferença em luminosidade entre áreas adjacentes do espécime? O contraste está relacionado ao sistema de iluminação e pode ser ajustado pela mudança na intensidade de luz e da abertura do diafragma. Pode-se também colorir quimicamente o espécime para aumentar o contraste. Imagem de um grão de pólen com bom contraste (esquerda) e com contraste ruim (direita)



  • Tipos de microscópios
    Uma forma de melhorar o contraste é tratar o espécime com pigmentos coloridos, ou corantes, que se ligam às estruturas específicas dentro dele. Tipos diferentes de microscopia foram desenvolvidos para melhorar o contraste nos espécimes. As especializações encontram-se principalmente nos sistemas de iluminação e nos tipos de luz que atravessam o espécime. Por exemplo, um microscópio de campo escuro usa um condensador especial para bloquear a maior parte da luz brilhante e para iluminar o espécime com luz oblíqua, de forma semelhante ao que a lua faz quando bloqueia a luz do sol durante um eclipse solar. Esse ajuste óptico fornece um plano de fundo totalmente escuro e aumenta o contraste da imagem para salientar pequenos detalhes - áreas brilhantes nos limites da amostra.
As diversas técnicas da microscopia de luz são: campo claro, campo escuro e iluminação de Rheinberg.
Campo claro - é a configuração básica do microscópio (as imagens vistas até agora são todas de microscópios de campo claro). É uma técnica que tem muito pouco contraste. Nas imagens mostradas até agora, grande parte do contraste foi obtida tingindo-se os espécimes.
Campo escuro - essa configuração aumenta o contraste, como mencionado anteriormente.
Iluminação Rheinberg - trata-se de uma configuração semelhante ao do campo escuro, mas que usa uma série de filtros para produzir uma "coloração óptica" do espécime. 
    As técnicas que serão mostradas abaixo usam os mesmos princípios básicos da iluminação Rheinberg e conseguem resultados distintos usando componentes ópticos diferentes. A idéia básica envolve a divisão do feixe de luz em dois caminhos que iluminam o espécime. As ondas de luz que passam através de estruturas densas no interior do espécime têm a velocidade diminuída, comparativamente com aquelas que passam por estruturas menos densas. Como todas as ondas de luz são coletadas e transmitidas para a ocular, elas se recombinam de modo que acabam por interferir umas com as outras. Os padrões de interferência fornecem contraste: podem mostrar áreas escuras (mais densas) contra um plano de fundo claro (menos denso) ou criar um tipo de falsa imagem tridimensional (3D).
Contraste de fase - é a melhor técnica para examinar espécimes vivos (como células cultivadas, por exemplo).
        Em um microscópio de contraste de fase, a luz é separada pelos anéis anulares na objetiva e pelo condensador. A luz que passa através da parte central do trajeto de luz é recombinada com a luz que se propaga em torno da periferia do espécime. A interferência produzida por esses dois trajetos produz imagens nas quais as estruturas densas aparecem mais escuras do que o fundo. 
    Contraste de interferência diferencial (DIC) - o DIC usa filtros polarizadores e prismas para separar e recombinar trajetos de luz dando ao espécime uma aparência tridimensional. O DIC também é chamado de Nomarski, em homenagem ao homem que o inventou.
    Contraste de modulação Hoffman- é semelhante ao DIC, exceto pelo fato de usar placas com pequenas fendas no eixo do trajeto da luz, assim como fora dele, produzindo dois conjuntos de ondas de luz que passam através do espécime. Como anteriormente, é formada uma imagem em 3D. 
    Polarização - o microscópio de luz polarizada usa um polarizador de cada lado do espécime posicionados ortogonalmente, de tal forma que somente a luz que passe através do espécime alcance a ocular. A luz é polarizada em um plano à medida que passa através do primeiro filtro e alcança o espécime. Partes padronizadas ou cristalinas do espécime, com espaçamento regular, giram a luz passando através delas. Uma porção dessa luz que foi girada passa através do segundo filtro de polarização, de modo que essas áreas regularmente espaçadas mostram brilho contra um plano de fundo escuro. 
    Fluorescência - este tipo de microscópio usa luz de comprimento de onda curto e de alta energia (normalmente ultravioleta) para excitação de elétrons dentro de algumas moléculas no interior do espécime, fazendo com que esses elétrons mudem para órbitas com mais energia. Quando voltam para seus níveis de energia iniciais, emitem luz com menos energia e comprimento de onda maior (geralmente no espectro visível) formando, dessa maneira, a imagem.

  • Partes de um microscópio de luz;
Um microscópio de luz, seja um simples microscópio estudantil, seja um complexo microscópio de pesquisa, possui os seguintes sistemas fundamentais:
Controle de espécime - segura e manipula o espécime.

estágio ou platina - é o apoio para o espécime.
clips - usado para segurar o espécime que ainda esteja sobre o estágio (quando se está examinando uma imagem ampliada, mesmo os menores deslocamentos podem mover partes da imagem para fora do campo de visão).
micromanipulador - dispositivo que lhe permite mover o espécime de forma controlada, em pequenos incrementos ao longo dos eixos x e y (útil para a varredura de um slide).
Iluminação - espalha a luz sobre o espécime (o sistema mais simples de iluminação é um espelho refletindo a luz do ambiente através do espécime).lâmpada - fonte produtora da luz (as lâmpadas são bulbos de luz de filamento de tungstênio. Para aplicações específicas, lâmpadas de mercúrio e xenônio podem ser usadas para produzir luz ultravioleta. Alguns microscópios usam lasers para fazer a varredura do espécime).
reostato - altera a corrente aplicada à lâmpada para controlar a intensidade de luz produzida.
condensador - sistema de lentes que alinha e focaliza a luz da lâmpada sobre o espécime.
diafragmas ou aberturas de furo de agulha - colocados no trajeto da luz para alterar a quantidade de luz que alcança o condensador (para aumento do contraste da imagem).
Lentes - formam a imagem.
objetiva - capta a luz do espécime
ocular - transmite e amplia a imagem da objetiva para o olho
porta-objetiva - montagem rotativa que segura muitas objetivas
tubo - segura a ocular a uma distância adequada da lente objetiva e bloqueia a luz dispersa
Foco - a objetiva deve ser posicionada na distância correta do espécime
botão de ajuste focal grosseiro - usado para trazer o objeto até o plano focal da objetiva
botão de ajuste focal fino - usado para fazer ajustes precisos na hora de focalizar a imagem
braço - parte curva que segura todas as partes ópticas a uma distância fixa e as alinha
base - suporta o peso de todas as partes do microscópio
    tubo é ligado ao braço do microscópio por meio da engrenagem de pinhão e cremalheira. Esse sistema possibilita focalizar a imagem durante a mudança de lentes ou de observadores e afastar as lentes do estágio durante a troca de espécimes.
Algumas partes mencionadas acima não são mostradas no diagrama e variam entre microscópios. Os microscópios vêm em duas configurações básicas: vertical e invertido. O microscópio mostrado no diagrama é ummicroscópio vertical, com iluminação embaixo do estágio e sistemas de lentes acima do estágio. O microscópio invertido tem o sistema de iluminação acima do estágio e o sistema de lentes embaixo. Os microscópios invertidos são melhores para olhar através de espécimes espessos, como pratos de células cultivadas, porque as lentes ficam muito próximas do fundo do prato onde a células nascem.
Os microscópios de luz revelam estruturas de células vivas e de tecidos, bem como de amostras inertes como rochas e semicondutores. O microscópio de luz é responsável pelo grande avanço da área biomédica e continua a ser um instrumento poderoso para os cientistas.

  •  Quanto aos telescópios...
Esse é o projeto do telescópio mais simples que você poderia conseguir. Uma lente grande junta a luz e a direciona para o ponto focal e uma lente pequena traz a imagem para seu olho.
A maioria dos telescópios que você vê é de um desses dois tipos:
  • o telescópio refrator, que usa lentes de vidro;
  • o telescópio refletor, que usa espelhos em vez de lentes.
Termos relacionados aos telescópios
  • côncava - lente ou espelho que faz com que a luz se espalhe;
  • convexa - lente ou espelho que faz com que a luz se junte em um único ponto focal;
  • campo de visão - área do céu que pode ser vista pelo telescópio com uma ocular específica;
  • distância focal - distância requerida por uma lente ou espelho para focalizar a luz;
  • ponto focal ou foco- ponto em que a luz de uma lente ou espelho se junta;
  • poder de ampliação(potência) - distância focal do telescópio dividida pela distância focal da ocular;
  • resolução - indica quão perto dois objetos podem ficar e ainda serem detectados como objetos separados, normalmente medida em arc-segundos; a resolução é importante para revelar detalhes finos de um objeto e está relacionada à abertura do telescópio.
Ambos fazem exatamente a mesma coisa, mas de maneiras completamente diferentes. 

Para entender como funcionam os telescópios, temos de fazer a seguinte pergunta: por que não é possível ver um objeto distante? Por exemplo, por que não é possível ler o que está escrito em uma moeda de 10 centavos a olho nu quando ela está a uma distância de 55 m? A resposta para essa pergunta é simples: o objeto não ocupa muito espaço na tela de seu olho (retina). Se você quiser pensar nisso em termos de uma câmera digital, em 55 m não há pixels suficientes no sensor de sua retina para que você consiga ler o que está escrito em uma moeda de 10 centavos.
Se você tivesse um "olho maior," poderia captar mais luz do objeto e criar uma imagem mais brilhante, o que tornaria possível ampliar parte dessa imagem para que se esticasse e ocupasse mais pixels de sua retina. No telescópio há duas partes que tornam isso possível:
  • lente objetiva (em refratores) ou oespelho primário (nos refletores) captam muita luz de um objeto distante e trazem essa luz, ou imagem, para um ponto ou foco;
  • uma lente ocular "pega" a luz do foco da objetiva ou do espelho primário e a amplia para que ocupe uma grande porção da retina. Esse é o mesmo princípio que a lente de aumento usa: ela pega uma imagem pequena no papel e a espalha pela retina do olho para que pareça maior.
Se você combinar a objetiva ou o espelho primário com a ocular, terá um telescópio. Novamente, a idéia básica é captar muita luz para formar uma imagem brilhante dentro do telescópio e então usar algo como uma lente de aumento para ampliar essa imagem brilhante, fazendo com que ela ocupe bastante espaço em sua retina.
Um telescópio tem duas propriedades gerais:
  • sua capacidade de captar a luz;
  • sua capacidade de ampliar a imagem.
A capacidade que um telescópio tem de captar a luz está diretamente relacionada ao diâmetro da lente ou do espelho – a abertura – que é usada para captar a luz. Geralmente, quanto maior a abertura, mais luz o telescópio capta e traz para o foco, deixando a imagem final mais brilhante.
poder de ampliação do telescópio, sua capacidade de aumentar uma imagem, depende da combinação de lentes utilizada. A ocular é que realiza essa ampliação. Já que a ampliação pode ser atingida por quase qualquer telescópio usando oculares diferentes, a abertura acaba sendo uma característica mais importante do que a ampliação. 
Para entender como isso funciona em um telescópio, vamos dar uma olhada em como o telescópio refrator (o tipo que tem lentes) amplia uma imagem de um objeto distante e a faz parecer mais próxima.
Crie um telescópio simples
  1. Pegue duas lentes de aumento (funciona melhor se uma for maior do que a outra) e um papel com algo impresso.
  2. Segure uma das lentes de aumento (a maior) entre você e o papel. A imagem impressa parecerá borrada.
  3. Coloque a segunda lente de aumento entre seu olho e a primeira lente de aumento.
  4. Mova a segunda lente para frente ou para trás até que a folha impressa fique nítida em foco. Você notará que o que está impresso aparecerá maior e invertido.

a seguir, um vídeo explicativo sobre instrumentos como telescópios, microscópios e lunetas:

Espero que vocês tenham gostado.
Até a próxima postagem!


segunda-feira, 16 de abril de 2012

O funcionamento da geladeira e as vantagens e desvantagens do freezer mudar de posição

A geladeira é um eletrodoméstico de extrema importância para a conservação dos alimentos. Agora vamos entender seu funcionamento:  O líquido usado em uma geladeira evapora a uma temperatura mais baixas, e assim ele pode criar temperaturas geladas dentro do refrigerador. Se você colocar o fluido refrigerante (líquido da geladeira) em sua pele ele irá congelá-la enquanto evapora. 


Existem cinco partes básicas em qualquer geladeira (ou sistema de ar condicionado):•compressor 

•tubos para a troca de calor: serpentina ou conjunto de tubos fixado na parte de fora da unidade 

•válvula de expansão 

•tubos para a troca de calor: serpentina ou conjunto de tubos fixado na parte de dentro da unidade 

•fluido refrigerante: líquido que evapora dentro da unidade para criar temperaturas baixasMuitas instalações industriais usam amônia pura como refrigerante. Amônia pura evapora a -32º C (27º F).


O mecanismo básico de uma geladeira funciona assim: 



1.O compressor comprime o gás refrigerante. Isto eleva a pressão e temperatura do fluido refrigerante (laranja), de modo que as serpentinas externas de troca de calor da geladeira permitem que o fluido refrigerante dissipe o calor devido à pressurização; 

2.À medida que esfria, o fluido refrigerante se condensa em forma líquida (roxo) e flui pela válvula de expansão; 

3.Quando passa pela válvula de expansão, o líquido refrigerante se move da zona de alta pressão para a zona de baixa pressão, e se expande e evapora (azul claro); 

4.As serpentinas dentro da geladeira permitem que o fluido refrigerante absorva calor, fazendo com que a parte interna da geladeira fique fria. Então, o ciclo se repete. 


As vantagens e desvantagens da inversão do freezer de cima para baixo:

Para desenvolvermos esse tópico, vamos partir da seguinte pergunta: 
“Será que se a serpentina interna da geladeira (congelador), for colocada na parte inferior dela, os alimentos nela contidos ainda seriam resfriados?” A resposta é não. A serpentina fria é colocada na parte superior e os alimentos são colocados abaixo dela sobre grades de propósito.Isso favorece o processo de propagação do calor chamado de convecção. O ar em contato com o congelador se resfria, diminui seu volume, ficando mais denso, por isso desce e o ar debaixo está mais quente, ocupando um volume maior, menos denso, então sobe. Por isso que as divisórias devem ser vazadas, para que o ar que transfere calor possa passar por toda a geladeira e resfriar tudo o que nela estiver.
Na geladeira os alimentos começam a ser resfriados de cima para baixo, por isso a importância de se colocar alimentos mais perecíveis, como a carne, na parte superior. Para que a geladeira funcione corretamente é preciso mantê-la fechada para que não “vaze calor” dela.
    As vantagens resumem-se na praticidade que a geladeira em cima confere, pois os produtos que usamos mais frequentemente estão ali, como suco, frutas e verduras, leite, manteiga.. Facilitando, assim, o acesso à esses alimentos.
Veja um exemplo do freezer embaixo na Inverse Brastemp:

domingo, 4 de março de 2012

O Sistema Solar e os movimentos dos Planetas

                                       
Os planetas
Os planetas não produzem luz, apenas refletem a luz do Sol, que é a estrela do Sistema Solar.
Teorias afirmam que os planetas também foram formados a a partir de porções de massa muito quente e que todos estão de resfriando. Alguns, entre eles a Terra, já se resfriaram o suficiente para apresentar a superfície sólida.
Um corpo celeste é considerado um planeta quando, além de não ter luz própria, gira ao redor de uma estrela.
Os planetas têm forma aproximadamente esférica. Os seus movimentos principais são o de rotação e o de translação.  Cada planeta possui um eixo de rotação em relação a Sol, o mais inclinado deles é o planeta-anão Plutão, pois seu eixo de rotação em relação ao Sol é de 120º, olhe a figura.



      Movimentos dos Planetas: Rotação e Translação
Antes de falarmos sobre os movimentos individuais de cada planeta, vamos primeiro compreender a diferença entre rotação e translação. 
Rotação: No movimento de rotação, os planetas giram em torno do seu próprio eixo, uma linha imaginária que passa pelo seu centro. O observador terrestre tem dificuldade de perceber o movimento de rotação da Terra. Para isso deve-se notar que o Sol, do amanhecer ao anoitecer, parece se mover da região leste em sentido oeste. O mesmo acontece, à noite, com a Lua, as estrelas e demais astros que vemos no céu.

Translação: O movimento de translação é executado pelos planetas ao redor do Sol, e o tempo que levam para dar uma volta completa é denominado período orbital.

Em razão do movimento de translação e da posição de inclinação do eixo da Terra, cada hemisfério fica, alternadamente, mais exposto aos raios solares durante um período do ano. Isso resulta nas quatro estações do ano: verão, outono, inverno e primavera.

ATENÇÃO: 
Não confundam movimento de rotação com o que de translação, pois apesar de ambos serem movimentos realizados pelos planetas, o movimento de rotação é aquele q o planeta gira EM TORNO DE SUA ORBITA e o movimento de translação é aquele que o planeta gira EM TORNO DO SOL.

veja o vídeo a seguir:





                                                                          Mercúrio
É o planeta mais próximo ao Sol e o menor do Sistema Solar. É rochoso, praticamente sem atmosfera, e a sua temperatura varia muito, chegando a  mais de 400ºC positivos, no lado voltado para o Sol, e cerca de 180ºC negativos, no lado oposto. Mercúrio não tem satélite. É o planeta que possui um movimento de translação de maior velocidade, que é de apenas 88 dias, e rotação de cerca de 58 dias. O aspecto da superfície é parecido com o da nossa Lua, toda coberta de crateras, originadas da colisão com corpos celestes.

                                                                        
                                                                             Vênus

Vênus é um planeta muito parecido com a Terra, em tamanho, densidade e força da gravidade à superfície, tendo-se chegado a especular sobre se teria condições favoráveis à vida. Além disso, suas estruturas são muito parecidas: um núcleo de ferro, um manto rochoso e uma crosta. Hoje sabemos que, apesar de ter tido origens muito semelhantes à Terra, a sua maior proximidade ao Sol levou a que o planeta desenvolvesse um clima extremamente hostil à vida. De fato, Vênus é o planeta mais quente do sistema solar, sendo mesmo mais quente do que Mercúrio, que está mais próximo do Sol. A sua temperatura média à superfície é de 460ºC devido ao forte efeito de estufa que acontece em grande escala em todo o planeta e não apresenta água. 


                                                   Terra
A Terra, o 3º planeta a contar do Sol, apesar de ser aquele que conhecemos melhor, continua a ser o que nos intriga mais. Única no nosso sistema solar, a complexidade física e química dos mecanismos que a fizeram um lugar tão propício à vida continua a surpreender-nos e a intrigar-nos. A Terra demora 365.256 dias a completar uma volta ao Sol. É este movimento, combinado com a inclinação do seu eixo que dá origem às estações do ano que tão bem conhecemos.
A Terra leva 23.9345 horas a fazer uma rotação em torno do seu eixo que tem uma inclinação de 23.45º com o plano da eclíptica, este o movimento responsável pela passagem dos dias e das noites, e tem como satélite a Lua.


                                      Marte
Visto da Terra parece um planeta vermelho, embora na verdade seja mais acastanhado. O seu eixo de rotação tem uma inclinação muito semelhante à do nosso planeta, 25.19º, o que significa que tem estações do ano. Ao contrário de Mercúrio, que está demasiado perto do Sol para que seja facilmente observado, e de Vênus, cuja densa atmosfera e cobertura de nuvens bloqueiam a observação da sua superfície, Marte está relativamente próximo da Terra sem estar muito próximo do Sol, e tem uma atmosfera muito rarefeita e na maior parte formada por gás carbônico, o que nos permite observar a sua superfície com relativa facilidade. Seu período de rotação é aproximadamente 24h, muito parecido com o da Terra, porém sua translação dura cerca de 687 dias. 


                                          Júpiter
Júpiter é o maior planeta do sistema solar, e o primeiro dos gigantes gasosos. Tem um diâmetro 11 vezes maior que o diâmetro da Terra e uma massa 318 vezes superior. Demora quase 12 anos a completar uma órbita mas tem um período de rotação invulgarmente rápido: 9h 50m 28s sendo o planeta com a rotação mais rápida do sistema solar. Embora tenha um núcleo de ferro, quase todo o planeta é uma imensa bola de hidrogênio e um pouco de hélio. A temperatura da superfície é de cerca de -150ºC.



                           Saturno
É o segundo maior planeta do nosso sistema solar. É famoso por seus anéis, que podem ser vistos com o auxílio de pequenos telescópios. Os anéis são feitos com pedaços de gelo e rochas. A temperatura média da superfície do planeta é de -140ºC. Saturno é formado basicamente por hidrogênio e pequena quantidade de hélio.
O movimento de rotação em volta do seu eixo demora cerca de 10,5 horas, e cada revolução ao redor do Sol leva 30 anos terrestres.


                                                                       Urano
Urano é o sétimo planeta do sistema solar, situado entre Saturno e Netuno. A característica mais notável de Urano é a estranha inclinação do seu eixo de rotação, quase noventa graus em relação com o plano de sua órbita; essa inclinação não é somente do planeta, mas também de seus anéis, satélites e campo magnético. Urano tem a superfície a mais uniforme de todos os planetas por sua característica cor azul-esverdeada, produzida pela combinação de gases em sua atmosfera, e tem anéis que não podem ser vistos a olho nu; além disso, tem um anel azul, que é uma peculiaridade planetária. Urano é um de poucos planetas que têm um movimento de rotação retrógrado, sendo ele de 17h 52m e seu movimento de translação é de  84 anos.


                                              Netuno
Orbitando tão longe do Sol, Netuno recebe muito pouco calor. A sua temperatura superficial média é de -218 °C. No entanto, o planeta parece ter uma fonte interna de calor. Pensa-se que isto se deve ao calor restante, gerado pela matéria em queda durante o nascimento do planeta, que agora irradia pelo espaço fora. 
A atmosfera de Netuno tem as mais altas velocidades de ventos no sistema solar, que são acima de 2000 km/h, acredita-se que os ventos são amplificados por este fluxo interno de calor. Seu movimento de rotação que é de 16h e 11 min e seu movimento de translação que é de 164 anos A estrutura interna lembra a de Urano - um núcleo rochoso coberto por uma crosta de gelo, escondida no profundo de sua grossa atmosfera. 



                                                                      Plutão
Plutão foi descoberto em 1930. É o planeta mais pequeno do sistema solar e o que tem a órbita de maior excentricidade, tão excêntrica que, periodicamente, se encontra mais próximo do Sol do que Netuno. Demora 248.60 anos a completar uma volta ao Sol. 
Pouco se sabe sobre Plutão uma vez que, para além de ser o planeta mais pequeno do sistema solar  e o mais longínquo, é o único que não foi visitado por nenhuma missão espacial. No entanto sabemos que tem uma densidade média de 2000 kg/m3, semelhante à de Tritão e sua temperatura de – 200 C.
Devido seu tamanho, Plutão deixou de ser considerado um planeta-anão e não faz mais parte do nosso Sistema Solar (como planeta).